Foto de Emily
Caroline
Pessoas espalhadas pelo pátio da faculdade. Comendo, rindo, conversando, estudando. Estudantes e professores se misturam num mesmo ambiente, com funcionários e “tios das cantinas”, como os jovens gostam de chamá-los, fazendo seu trabalho como em qualquer outro dia. Contudo, esta última quarta-feira, dia 13 de março, não foi como qualquer outro dia. Aconteceu a Quarta Cultural, um evento promovido pela FAAT para o entretenimento dos alunos, professores e funcionários na hora do intervalo. Houve,
O quinteto executou obras do compositor, pianista e intérprete brasileiro Ernesto Nazareth. Ao ser questionado sobre o motivo da homenagem, Gomes, de 28 anos, no quinteto há mais de oito e músico há mais de quinze, disse que Ernesto foi um grande compositor, importante para a música brasileira, especialmente para o chorinho. O maestro realizou mais de 90 gravações no exterior divulgando o choro.
Durante a apresentação, um jovem casal de namorados, Rafaela, cursando o primeiro ano de Direito, e Lucas, cursando o segundo de Administração, pararam admirados para ver os cinco. Os dois disseram que esta foi a primeira vez que ficaram na Quarta Cultural. Rafaela acrescentou que se lembrou de Tempos Modernos, de Charles Chaplin. Contudo, para os estudantes, embora a Quarta Cultural seja considerada uma boa iniciativa da faculdade, seria melhor se houvesse uma mudança na programação. Lucas sugeriu que começasse mais cedo ou terminasse mais tarde, pois o tempo da apresentação é muito pequeno, oficialmente apenas dez minutos, mas às vezes acaba extrapolando e os alunos precisam voltar às aulas. Segundo eles, ao voltar para a sala, o professor já está passando conteúdo.
Com o quinteto tocando Ernesto Nazareth, os estudantes tiveram um bom momento e, ao fim da apresentação, ouviram-se muitos aplausos. Os músicos fizeram um ótimo trabalho. Foi um evento satisfatório, prazeroso e inovador.
VIDA E OBRA DE ERNESTO NAZARETH:
Ernesto Júlio de
Nazareth nasceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 20 de março de 1863[...]. Em
1874, após o falecimento de sua mãe e sua primeira professora de piano, passou
a receber lições de Eduardo Rodolpho de Andrade Madeira, amigo da família, e,
mais tarde, de Charles Lucièn Lambert [...]. Com a idade de 14 anos compôs sua
primeira música, a polca-lundu Você bem sabe. Em 1919, Ernesto começou a
trabalhar como pianista demonstrador da Casa Carlos Gomes [...]. Dois anos
depois, Villa-Lobos dedicou a ele a peça Choros nº 1, para violão. No mês de
dezembro de 1928, ele completou cinquenta anos de atividades artísticas.
Em janeiro de
1932, rumou para Montevidéu, capital do Uruguai, em companhia da filha e da
amiga Maria Mercedes Mendes Teixeira. Durante um passeio por aquela cidade,
sofreu séria crise nervosa dentro de uma casa de instrumentos musicais. Já no
Rio, depois de alguns exames, diagnosticou-se a sífilis. E diante da
irreversibilidade do quadro neurológico apresentado, foi o maestro
primeiramente internado, aos 10 de julho, na Fundação Gaffrée & Guinle, e,
oito meses depois, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, de onde fugiu em
1º de fevereiro de 1934, vindo a falecer afogado nas águas da represa que ainda
existe na floresta situada aos fundos desse manicômio. Seu corpo foi encontrado
no dia 4 e sepultado no dia seguinte, no Cemitério de São Francisco Xavier. O
compositor falecera com a idade de 70 anos, deixando-nos 88 tangos, 41 valsas,
28 polcas e mais hinos, sambas, marchas, quadrilhas, "schottisches",
"fox-trots", romances, entre outros gêneros, perfazendo um total de
211 peças de autoria confirmada.
Luiz Antonio de Almeida, biógrafo
de Ernesto Nazareth (adaptado por Emily Caroline, extraído de http://www.ernestonazareth.com.br/,
acesso em 14 de março de 2013)
Esta é a primeira reportagem que de fato escrevi para a faculdade, com entrevistas e tudo (escrevi uma no carnaval, mas foi fraca). Comentei no facebook que ela foi elogiada pelo professor, pois está bem escrita. Decidi compartilhá-la com vocês^^
3 comentários:
gostei muito da reportagem. Você escreve muito bem, e me pareceu bem profissional. Parabéns My.
Triste a história do compositor.
Comentário nada a ver: hoje a Colônia Juliano Moreira é uma favela, onde atuamos lá no meu trabalho, não exatamente eu mas o meu setor digamis assim.
Eu disse que era um comentário nada a ver! rsrs
Adoro ler o que vc escreve, pena não ter mto tempo para fazê-lo com mais frequência.
Beijos
Obrigada por ler e pelo comentário! Você é uma fofa! Amo quando você lê o que escrevo^^
Na verdade, no texto completo da biografia no site tem os dados atuais de cada lugar citado, mas eu tive que encurtar e deixei apenas o essencial.
ahhh então vc já sabia! Hahahaha! mas como eu disse foi um comentário "nada a ver".Rsrs
Continue sempre assim e que venham mais trabalhos interessantes.
Beijo no coração!
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