Olá! Sei que não concluí a fanfic anterior, mas resolvi postar essa aqui, que já está pronta, escrevi há alguns meses. Na medida em que irei revisando os capítulos, vu postando [isso pode demorar uma semana ou mais~ ]
Caroline Ferraz e Débora Fonseca são personagens fictícias e, embora tenha havido alguma inspiração em fatos reais, essa fic é somente uma Estória. Espero que gostem~ e mais uma vez, o grupo musical Arashi!
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Capítulo 1
13 de março de 2011. Matsumoto Jun foi abordado por um
assistente assim que adentrou o prédio da Johnny Entertainment.
− Matsumoto-san, chegou logo mais cedo essa
correspondência para o senhor – lhe estendendo um envelope de carta branco.
Jun apenas pegou o envelope dizendo que ia para o
camarim do Arashi esperar pelos outros membros.
Assim que chegou à sala, se jogou no sofá,
aproveitando que estava sozinho, e começou a abrir o envelope. O endereço do
remetente indicava que era do Brasil, de alguma cidade da qual ele nunca ouvira
falar. O destinatário era ele mesmo, muito embora a carta tivesse sido
endereçada a JE, o que sempre acontecia, especialmente quando se tratava de
cartas de fãs. Nenhum deles divulgava seu endereço pessoal, mas quando alguma
fã lhes enviava algo, ia para a JE. O que ele se perguntava era como essa fã
brasileira conseguira esse endereço. E por que ela não enviara um e-mail ao
invés de gastar dinheiro com o correio.
O que mais o intrigou foi o fato de seu nome e tudo
ali estar escrito no alfabeto romano. Evidentemente tratava-se de alguém que
sabia somente um japonês pobre, escrito em romaji. Seu nome era Caroline
Ferraz, e a julgar pela ordem ocidental dos nomes (seu nome estava Jun
Matsumoto e não Matsumoto Jun) ele concluiu que Caroline era o primeiro nome e
obviamente se tratava de uma garota.
Abriu a carta e não conseguiu entender nada ali além
de seu nome, escrito novamente em romaji, e algumas palavras em nihongo. Tudo estava
numa língua estranha, levando em conta a origem da carta, possivelmente era
português.
Junto da carta, que era escrita à mão num belo papel
de carta com a paisagem mostrando um belo lago como marca d’água, veio a foto
de um CD, que ele reconheceu como sendo Boku no Miteiru Fuukei, o último CD do
Arashi. Quando viu o CD, um sorriso se desenhou em seu rosto. “Então quer dizer
que, assim como pensei, essa garota é uma fã”.
Além disso, algo pesou no envelope, ele tirou e viu
que era um pingente ou qualquer coisa parecida. Pingente de uma chave, o que
mais o deixou curioso.
A carta era longa e parecia bem escrita, frente e
verso. Pena que ele não entendia uma palavra, a não ser aquelas esporádicas em
japonês, que apareciam aqui e ali no texto. Dobrou novamente as folhas e
colocou no envelope junto com a foto e a chave.
O que era aquele negócio? O que significava e por que
tinha sido enviado a ele? Ele não sabia. Pensou que seria um strap de
celular, mas não tinha nenhuma linha para prendê-lo ao aparelho. Parecia um
pingente, mas o que ele não entendia era porque apenas o pingente fora enviado,
não a pulseira ou o colar ou a corrente. E por que uma chave?
Jun ainda estava reflexivo, tentando entender o porquê
de aquela carta ter sido enviada a ele, quando Sakurai Sho entrou na sala:
− Jun-kun! Konnichiwa!
− Uhm, é você Sho-chan. Konnichiwa.
Sho olhou para o amigo com cara de interrogação. Jun
normalmente respondia sorrindo, não é? Ainda mais quando eles não estavam
atrasados para nenhum compromisso. Sequer os outros três tinham chegado. A
manhã foi atarefada, mas eles estavam livres até o início da noite, quando
iriam aparecer ao vivo em um programa de TV.
− O que foi, Matsujun?
− Nada demais, só uma coisa curiosa que me aconteceu –
Jun levantou-se do sofá e estendeu a mão com a carta – Veja isso. Chegou pra
mim.
Sho tirou a carta, a foto e a chave do envelope e
olhou bem. Não entendeu nada, assim como o outro não entendera. Virou de um
lado, do outro e analisou a fotografia do CD.
− Isso tem cara de português, meu caro.
− Sim, também pensei nisso. Você sabe onde eu posso
encontrar alguém que saiba bem o porutugarugo
para ler isso aqui para mim?
− A umas duas quadras daqui, seguindo pela avenida
principal, tem uma escola de idiomas e lá eles ensinam porutugarugo. Vi o anúncio dia desses.
Jun pegou novamente a carta e seguiu em direção à
porta:
− Sho-chan, eu já volto.
Enquanto saía, esbarrou com Nino, Ohno e Aiba na
porta. Somente os cumprimentou com um aceno de cabeça e saiu a passos largos.
Os três olharam para Sho e perguntaram em uníssono:
− O que deu nele?
***
No Brasil, há um dia inteiro de distância, Carol ainda
dormia um sono gostoso. Ficara até de madrugada vendo o dorama Bambino, do Jun,
seu ichiban no grupo musical japonês Arashi. Agora, faltando apenas alguns
minutos para o despertador tocar e acordá-la para ir trabalhar, ela dormia
profundamente.
Há mais ou menos uma semana, ela fizera uma coisa
totalmente inusitada. Escrevera uma carta, em português mesmo, para o cantor
que tanto amava e que morava do outro lado do globo. Unindo fé e coragem,
enviou a carta endereçada para a JE com o nome Jun Matsumoto escrito em romaji
– ela nem sabia como escrever em kanji.
Uma carta para um astro japonês que ela nem
sabia se podia ler correspondências de fãs. Mas ela escreveu mesmo assim. Sua
amiga Débora achou meio absurdo quando Carol contou e ainda disse que mandaria
a chave com uma foto que tirara no dia que seu CD tinha chegado.
− Carol do céu, você enlouqueceu de vez?? Até parece
que essa carta absurda vai sequer chegar às mãos do Matsujun!!
− Eu sei que a probabilidade é quase zero, e dele ler
é ainda menor, é que eu simplesmente quero escrever uma carta pra ele.
− Mas ele não sabe português!
As duas ficaram discutindo o assunto por alguns
instantes, até que Caroline finalmente conseguiu fazer Débora entender.
Colocou a carta no correio no dia seguinte, com 99% de
certeza que ela nunca chegaria até o Jun. Mas esse 1% de esperança foi que a
motivou a escrever a carta. Nela, colocou tudo que o Jun e o Arashi
representavam para ela.
Foi uma verdadeira declaração de amor pelos cinco, mas
especialmente pelo ichiban. E claro que disse na carta que ela e Débora, sua
melhor amiga que aprendera a gostar de Arashi tanto quanto ela, pretendiam ir
ao Japão em 2014 e, se desse certo, conseguir ingresso para o show deles. Sabia
que era um esquema de sorteio e tal, mas de repente, até lá, elas duas
conseguissem pela Johnny International ou algo do gênero.
Disse que o ichiban de Débora era o Nino, mas é porque
num grupo de cinco, era quase impossível não se identificar mais com um do que
com outro, o que não queria dizer que o amor pelos demais diminuía. Mas que, no
caso dela, Carol, o Jun foi amor à primeira vista, se apaixonou completamente
desde o primeiro instante.
Colocou a foto de seu único CD original junto com a
carta. Como ela era fã há pouco mais de dois meses e CD’s de músicos asiáticos
não vendiam no Brasil, por enquanto só tivera condições financeiras de comprar
o mais atual. E queria mostrar a ele.
O despertador tocando Attack It! a acordou,
obrigando-a a se levantar e se arrumar para o trabalho. Mal sabia ela que longe
tão distante Matsumoto Jun pedira para um professor de português ler a carta
para ele e, enquanto dava a entrevista previamente marcada, ele só conseguia
pensar: será que respondo essa carta, mesmo em japonês?
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