E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

domingo, 22 de maio de 2011

Há quanto tempo que não apareço por aqui!! Desde a fatídica (prefiro dizer assim do que dizer que foi boa ou má) morte do terrorista Bin Laden. Mas sabe como é, eu acabo correndo tanto, eu diria que um dorama é como um livro, e antes de eu terminar um, simplesmente não consigo parar pra pensar algo interessante e postar. Tá, ninguém garante que o que falarei é interessante em algum sentido, mas prometo que vou tentar.

Assisti mais... uhm... dois ou três dramas nesse tempo em que fiquei calada, rs. Life foi o primeiro dos três e do qual resolvi falar. Chutem sobre o que fala. É um assunto que está na moda ultimamente, na mídia, e muitas vezes passa a impressão que só passou a existir agora. Desde o desastre de Realengo não se fala de outra coisa. Isso mesmo, falo do Bullying. Life trata disso. "Ijime", como é chamado no Japão. Eu não sou nenhuma expert no assunto, muito menos no que diz respeito a como o Bullying acontece ou deixa de acontecer fora do Brasil. Até mesmo dentro do Brasil eu não posso falar muito, sou apenas uma jovem de uma cidadezinha de SP. Mas, antes, ou melhor, até pouco tempo (na faculdade em 2009 - a que interrompi) eu sequer sabia que aquilo que sofri e até mesmo pratiquei um pouco na escola quando criança tinha nome. Fiquei um pouco, como direi, aliviada (?) quando soube do Bullying primeiramente e então, com Life, do Ijime. Afinal, quando eu era criança eu não era louca, realmente acontecia algo, não era coisa da minha cabeça.

Quem quiser saber mais sobre um e outro (ambos são a mesma coisa - o que poderíamos chamar de assédio moral e preconceito) é só ler no link que deixei, o pessoal da Guarda Portuária explica muito melhor que eu. Mas o fato não é esse. Explico: o Ijime é antigo, o Bullying é antigo, e muita gente (como eu, infelizmente) só se deu conta dele agora, com tantos casos noticiados pela mídia escrita ou televisiva e doramas ou livros, seja a cultura ocidental ou oriental a fonte de informação. Minha mãe disse que sofreu isso quando criança, mas isso não tinha um nome. Minha vó sofreu. E com certeza pessoas antes dela, nas escolas ou não. Inclusive, esse tipo de assédio existe fora de escolas, entre adultos, em grandes empresas e instituições. Não é só "coisa de criança".

Eu fiquei meio pasma enquanto assistia ao dorama e em algumas cenas me deu muita raiva e um certo desconforto. A protagonista sofre horrores, é uma estudante colegial que é ridicularizada na escola de um modo perverso, tendo até mesmo seu almoço sendo jogado fora, seus livros indo parar no lixo e sua carteira sendo jogada pela janela, além de sofrer assédio sexual. Tem até uma tentativa de suicídio por parte de outra estudante vítima de ijime. Isso mesmo, as coisas chegam a esse ponto.

Alguém poderia dizer que isso tudo é lorota, "atrosidades muito fortes para serem verdade". Mas é muito sério. E real. Olhem a sua volta. O desastre de Realengo prova isso, e posso citar outros acontecimentos, como o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos. Quem não ouviu sobre isso? O maior dos EUA, praticado somente por dois jovens que invadiram um colégio e mataram alunos e professores e depois se mataram. E ainda estávamos no século XX quando esse massacre tenebroso aconteceu. 

Life foi legendado pelo Drama Fans e está disponível para download. É um drama que vale a pena. Eu não apostava muito, mas mudei minha primeira opinião. Infelizmente, o ijime, ou bullying, ou qualquer que seja o nome, é um fato e está mais presente no dia a dia do que queremos ou podemos admitir. O drama retrata isso. É ficção, mas uma ficção que mostra o que muitas vezes acaba acontecendo no mudo real.

Acima, eu disse que sofri bullying. Ok, é verdade, mas nada como o que a Shiiba Ayumu sofreu, nem de longe. Mas por anos, na minha vida escolar, sofri um certo preconceito, talvez por eu não "estar na moda" nem sempre estar dentro do "gosto comum". Muitas vezes fui excluída, e até o último ano do Ensino Médio eu e meu pequeno grupo de amigos éramos muitas vezes deixados de lado e acabávamos sendo "os estranhos", "os isolados". Simplesmente porque eu sou diferente, não me conformo com a juventude atual e sempre tive minha personalidade, meus gostos. Mas sempre fui muito fraca, sem muita força de encarar o preconceito e mais de uma vez acabei me adaptando, ou tentando me adaptar, à maioria. Mas hoje em dia, não mais. Resolvi que é muito melhr ser eu mesmo do que tentar ser igual a maioria, afinal, muitas vezes a maioria está errada, a maioria é podre, a maioria não presta ou é vazia e fútil. Prefiro pensar não pelo que os outros pensam, mas pelo que é certo. Por mim. 

Já pratiquei bullying também, mas foi por um pequeno espaço de tempo. Com um amigo que hoje, infelizmente, não tenho muito contato. Para não ser excluída pela maioria, cometi o bullying em uma das vezes que quis me adaptar a ela. Tinha 08 anos de idade. Ridicularizei esse que se tornou meu grande amigo alguns anos depois, já com 13 anos. Mas logo me desvinciliei do grupo, afinal não me sentia bem fazendo pra alguém exatamente aquilo que eu temia que fizessem comigo.

É isso. Assistam Life, ou ao menos reflitam um pouco mais sobre o bullying. O pior não é o agressor ou a vítima, pois não basta esses dois para que o bullying aconteça com sucesso. Ele só acontece quando há conspiradores, ou simplesmente há platéia. Aqueles que vêem o bullying mas não fazem nada para ele parar, não tomam uma posição, são apenas espectadores. Esses são os piores. E quem de nós nunca foi um espctador? 

Devemos dar um basta! Não ser mais um mero espectador mudo, que simplesmente deixa acontecer. Life também nos ensina isso. Basta! 

3 comentários:

Desirèe Martins disse...

Haha belo post Mih !!! Pois é,bullying é um assunto muito presente nos dias de hoje, mas, apesar de tudo, muitas crianaças ainda nao sabem o que é. Por exemplo:
Fui fazer estágio numa escola e um dos meninos veio correndo falar com a coordenadora dizendo que tinha sofrido Bullyng.A coordenadora perguntou o que aconteceu e ele disse que na hora do intervalo estava jogando futebol e sem querer ele errou o chute, alguma coisa assim e o menino do time dele xingou ele. Então a moça explicou que isso não é bullying. Mas uma iniciativa legal que estão tomando, é que a rede pública está distribuindo cartilhas sobre isso para os alunos. Quem sabe daqui p/ frente muda alguma coisa.

Voltando no tempo da escola... realmente quando éramos excluidos , era por sermos "os nerds e cdf's" mas acho que o último ano foi até bom...Difícil foi o 1º e o 2º ... uhasuhsusa ;)

bjinhos

Emily Caroline disse...

Ae, era bullying ou não era bullying?? hihi. Sim, mas o último ano foi bom... ainda acho que faltou a cerimônia de formatura e a festa, mas foi bom.

Desirèe Martins disse...

UHASUAHUA sabe o que eu sonho em fazer um dia? Reunir todos que estudaram com a gente tipo uma festa que igual as que tem nos E.U.A uashuahua ... seria divertido haha
...ou não :\