E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

domingo, 30 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada

Primeiramente, deixa eu anunciar que ontem, depois de três semanas após o lançamento e quando eu acreditava que só veria esse filme quando saísse em DVD, finalmente pude ir ao cinema. Como meu pai vai correr a São Silvestre amanhã, fomos para a capital retirar o kit de corrida e ele me levou ao cinema do Shopping Center Norte. Ele não assistiu ao filme, pois o gênero não faz seu estilo, então apenas eu e minha mãe vimos, enquanto ele ficava passando o tempo no Shopping pelas três horas de duração do filme. Obrigada, pai, por ter feito isso por mim, por ter me levado!

Vamos ao filme em si. E ao livro.

Todos sabem que O Hobbit: Uma Jornada Inesperada é a adaptação para o cinema de um dos livros infantis de maior repercussão em todo o mundo? Pois é, é isso mesmo. Antes de mais nada, O Hobbit é um livro. Super indicado a pessoas de todas as idades, por sinal. Obviamente, por ser o prenúncio de O Senhor dos Anéis, se analisarmos sua história a fundo, vemos que não se trata somente de um livro para crianças, vai muito além disso.

Quando eu li o livro duas vezes, tinha entre 13 e 15 anos, já lera e vira os filmes de SdA. Realmente, se formos tomar O Senhor dos Anéis por base, ele é de uma leitura muito mais fácil e fluente. E começa com a frase clássica: "Numa toca no chão vivia um hobbit". Se o leitor não teve qualquer contato com os filmes ou livros de Peter Jackson, o cineasta neozelandês, ele não sabe do que se trata um hobbit e é apenas lendo que irá descobrir. Esse hobbit que vivia na toca foi trazido à vida, quando jovem, por meio do ator Martin Freeman,

e quando velh opor Iam Holm,


e se chamava Bilbo Bolseiro.

Já que agora tenho 22 anos, e faz mais de meia década que li o livro, não lembro de 100% dos detalhes, mas consigo me lembrar bem da história em si. Por se tratar de um livro para crianças, que Tolkien originalmente escreveu para seus filhos, não é um livro denso, na edição que tenho há apenas 297 páginas, nem de longe perto das quase 400 do primeiro livro da trilogia de SdA, A Sociedade do Anel.

Por eu ter lido esse livro maravilhoso, mas essencialmente pequeno, eu fiquei com medo do filme, quando foi anunciado que a adaptação cinematográfica seria outra trilogia. Pensava em como seria feita a divisão de 297 páginas em três filmes. Portanto, embora sentisse toda a ansiedade por ser uma fã incorrigível de Tolkien, eu estava relutante com relação ao primeiro filme, chamado Uma Jornada Inesperada.

Aí ontem, quando finalmente fui ao cinema e vi em 3D, o filme de quase três horas de duração não me decepcionou. Obviamente elementos que não existem nos livros ou elementos retirados de outros escritos, como O Silmarillion, foram acrescentados para conseguir preencher bem as 2h49min. Mas afirmo que tudo é muito digno, lógico, sequencial e não prejudicou em nada a essência da história. Não me arrependo de ter gastado dinheiro para ver esse que, na minha humilde opinião, foi o MELHOR filme do ano.

Como muito acertadamente são chamados, os livros que viram filmes são roteiros adaptados. Ninguém faz um roteiro 100% fiel ao livro, senão seria "mais fácil" levar para o set de gravação o livro propriamente dito. Já vi muitas adaptações de livros, muitas mesmo, e quando me deparei com o roteiro mais fiel que eu já vi, que se trata da adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes feita em 1992 (esse livro tem várias adaptações, mas depois dessa "traumatizei" e não vi mais nenhuma), foi realmente maçante e extremamente cansativo. Pois literatura e cinema são dois meios de se transmitir, no caso de um roteiro adaptado, a mesma mensagem. Além disso, nem sempre o público é o mesmo. Geralmente, quem leu o livro quer ver o filme, mas nem sempre quem viu o filme se interessa em ler o livro.

Acredito que no cinema o desenrolar de uma história num filme deve ser envolvente a tal ponto que o espectador aceita facilmente o fato de que ficara quase três horas sentado numa poltrona, olhando uma tela enorme e sair de lá satisfeito. É completamente diferente de um livro. Falo por experiência própria de leitora que não tem lido muito nos últimos anos, infelizmente. Quando, por algum motivo, cansamos de ler, sentimos fome ou temos que fazer outra coisa, simplesmente podemos marcar a página, fechar o livro e voltar a lê-lo depois, do mesmo ponto onde interrompemos a leitura. Contudo, um filme, principalmente quando se vai ao cinema, não pode ser simplesmente interrompido e precisa ser bom o suficiente para que alguém, antes de entrar para uma sessão, aceite que ficará ocupado, impossibilitado de fazer outra atividade pelas próximas duas horas, em média. Para tanto, o filme precisa, obrigatoriamente, ter uma narrativa envolvente que o prenda.

Concluindo, eu amei o filme! É uma pena que muita gente não tenha lido o livro e que por vezes o fato de se tratar de uma trilogia de filmes desmotive outro tantos de pessoas. E por isso eu aconselho: leiam! O Hobbit é um livro ótimo, ninguém vai se arrepender! E~ não aceitem críticas sem ver. Não vão ao cinema pensando que é um ótimo filme ou um péssimo filme. Vejam. Assistam ao filme. E então criem sua própria opinião. Façam sua própria crítica.

Foi o que fiz. E minha crítica está feita. Meu veredicto está dado. Com certeza, contarei os dias para o segundo filme. E eu... eu não aceitarei negatividade e artigos que critiquem negativamente. Assim como os críticos que não aprovaram o filme não aceitarão meu artigo. Mas não sairei por aí acusando um ou outro, afinal eles estão no direito de não terem gostado, mas não me joguem pedras, pois eu tambem estou no meu direito DE TER AMADO!

 

3 comentários:

Tamara disse...

Pelo seu artigo, o filme parece muito bom... mas ao mesmo tempo muitas das coisas que vc falou me deixam mais irritada com o fato de este filme ser uma trilogia...
O livro só tinha 297 páginas?
O filme tem 2 horas e 49 minutos?
Eu realmente acredito que a história deve ser bem interessante e que ótimo que colocaram elementos dos outros livros, afinal, só assim para preencher todo o tempo de duração do filme.
O que me irrita mesmo é essa indústria cinematografica que só quer saber de ganhar dinheiro...
Emily não me mate, por este comentário, mas eu estou com raiva da Warner, esperava ver um filme "completo", fique super empolgada com o trailer, que mostra um filme bonito, divertido, com personagens cativantes e uma história empolgante que nos faz querer viver junto com Bilbo sua jornada...
eu vou assistir o filme, mas acho que ao mesmo tempo em que sairei da sala de cinema achando o filme muito bom, sairei tb irritada com o fato de que terei que esperar mais um ano para ver a segunda parte e mais 2 anos para ver o final da Jornada dele!
:(

Emily Caroline disse...

Só tenho uma coisa a dizer a vc, Tami's: leia o livro. É muito melhor do que esperar dois anos, vc não acha? hihi

Tamara disse...

Rsrsrs! verdadeeeeee! Eu fiz isso com senhor dos anéis, depois que sai da sessão do "Duas torres" fui direto ler "O retorno do Rei", porque uqeria logo ver o final!!