E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre músicas

É, semana que vem começa a labuta. CFC todo santo dia, por nove dias, das 08h às 12h20. Valha-me Deus, faz trocentos anos que eu não estudo assim, rsrs. Tomara que dê tudo certo.

Esses dias, desde minha última postagem, eu pensei em postar diversas coisas, mas nunca sabia por onde começar ou o que dizer de útil, porque afnal, o que eu tinha pra dizer, por mais que fosse útil pra mim, podia não o ser pra mais ninguém na face da Terra. Tipo o que eu acabei de escrever. Oras, quem quer saber do meu CFC?

Em todo caso, ontem eu li um artigo muito bom, (dois na verdade: um levou a outro, mais antigo) no blog do amigo Alexandre, que se encontra ali na minha lista de blogs, Lost In Japan. Sério mesmo, eu nunca antes tinha parado pra pensar, mas agora faz muito sentido, porque afinal eu dei uma de gostar de uma boyband japonesa, né não? O que quero dizer é que em ambos os artigos, falava do gosto do japonês pela boa música brasileira. Inclusive, no primeiro artigo que li, por sinal um dos mais recentes (não lembro direito o nome, rs, algo sobre Roberto Carlos cantado em japonês) fala disso. É, mas trata-se de boa música mesmo, não essas coisas que a gente vê por aí hoje em dia.

Acho que se eu apresentasse RN pra eles, tipo ao menos as músicas mais antigas, eles iam aprovar. Porque a grande maioria dos cantores de anos atrás que o Alexandre citou eu aprovo e curto de veras. E também os cantores da Tropicália. Esses eu amo.

Ler esses artigos me fez pensar na boa música que está em falta no nosso país atualmente. Eu falei um pouco sobre isso em um post passado. O mesmo em que falei do Arashi, se não me engano. Está em falta porque, hoje em dia, qualquer pessoa que tinha o costume de até ontem cantar no chuveiro enquanto se ensaboava, hoje pode subir no palco e dar um show. Sem dúvida, é um verdadeiro "show". Mas esses cantores de temporada, infelizmente (ou felizmente, para alguns ouvidos sensíveis como o meu) passam com o tempo, muitas vezes nem esperam o tempo passar, vão sozinhos mesmo.

Isso porque a música é fraca. Pobre de conteúdo e até mesmo melodia. Prova disso são os Beatles, que fazem (e muito) sucesso até hoje. Prova disso é que os shows (esses sim foram shows dignos de serem chamados como tal) do Paul McCartner deram muito certo aqui no Brasil em 2010. Esses que falei cantam músicas fortes, não fracas. Afinal, ainda há os brasileiros que gostam da boa música, nacional ou não. Então, não estamos completamente perdidos.

Pega uma letra que tem como refrão coisas do tipo:

Tem pinga de goela abaixo
Ressaca de goela acima
A paixão tá um regaço
Bebo por essa menina
Tem pinga de goela abaixo
Ressaca de goela acima
A paixão tá um regaço
Haja goela pra tanta pinga


Aff, eu sei que tem muita gente que curte essas coisas, respeito cada um, até porque muita gente da minha família gosta. Mas faça-me o favor, essa é uma das menos piores. Se procurar, o buraco é fundo, acha. É difícil encontrar quem saiba admirar a beleza que há nas palavras do Milton em Nos Bailes da Vida:

Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim


Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim


Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
de viver nem de cantar


E se analisármos cruamente, quem hoje em dia, desses cantores de um pop / sertanejo universitário, fez isso? Quem foi cantar uma boa música num baile qualquer ou num bar em troca de pão? Quem acha que cantar é tão bom, vale tanto a pena, que canta até de graça? Talvez existam, mas não são todos, com certeza não. Mas afinal, quem sou eu pra julgar? Só falo o que penso, aceito críticas, construtivas ou não.

Uma dupla atual que gosto (pra vocês verem como não sou tão má assim, pra verem que não gosto só de "velharia") é Victor e Léu. Gosto das músicas deles. E da Paula Fernandes. Meu Eu Em Você acho a coisa mais linda, Sem Você, e por aí vai. No meu orkut, no perfil tem o refrão de uma das novas músicas de Victor e Léu, Boa Sorte Pra Você. Porque eles cantam bem e, por mais que tenham surgido nessa onda de duplas que aparecem do nada aqui e acolá, as letras, em sua maioria, tem conteúdo, e o mais importante: é deles mesmo.

Muitos dos cantores atuais são, na verdade, somente intérpretes de uma música que, na realidade, sequer é deles. Eu acho importante que um cantor componha as músicas que canta, ou pelo menos, parte delas. É que nem poesia. Onde já se viu, eu sair como autora de um livro de poesias que quem escreveu foi minha mãe?

Por isso, eu posso dizer que gosto de pouquíssimas bandas, duplas, cantores. Gosto de músicas somente. Avalio a música por sua riqueza de palavras, sua melodia e afins. Pois como Victor e Léu e Paula Fernandes, há outros bons cantores atuais, apesar de não serem muitos (no meu ponto de vista). É, gosto mesmo é de Scorpions, RN, Michael W Smith (é um cantor gospel... infelizmente, o que acontece com a música brasileira em geral, também tem acontecido com a música gospel: a qualidade caiu muito), Família Lima, Milton Nascimento, e a grande maioria dos cantores da Jovem Guarda e da Tropicália. Atualmente, passei a gostar de Arashi também. É, eu sou atípica em comparação com grande parte dos jovens atuais.

E daí, gosto de músicas aleatórias. Por isso, quem um dia tiver o interesse de pegar meu celular, verá que sou bem eclética. Tem música de vários gêneros. Cristãs e seculares. Pois o que mais importa pra mim é o conteúdo. A letra. Tenho música do D'Black, da Ana Carolina, da Beyoncé, do Chico Buarque, Geraldo Vandré, The Calling, Phill Collins, Bruna Karla, Alda Célia, Oficina G3, PG, e por aí vai. Importa que tenha conteúdo. O que está em falta no Brasil. Conteúdo. E não é só em se tratando de música.

2 comentários:

P. Mayumi disse...

Emilyyy! Obrigada por entrar no meu blog! (izonganai.wordpress.com) Mandei um email pra vc, não sei se já viu... Espero ter ajudado! =)


E vc disse tudo qdo falou: "qualquer pessoa que tinha o costume de até ontem cantar no chuveiro enquanto se ensaboava, hoje pode subir no palco e dar um show."
Concordo plenamente!

Tamara disse...

Disse tudo viu!
Nós não reconhecemos a nossa música, e bem eu não posso falar muito pq atualmente ando distante das músicas em português, mas essas coisas como: "ai se eu te pego" Nunca iriam entrar no meu MP3...
O pior é saber q uma coisa dessas esta fazendo sucesso no exterior, acho que devem é estar "zuando" a gente, isso sim...
Ultimamente ouço, mais os japas, principalmente o Arashi, mas tenho muitas músicas como 30 seconds to Mars, Lifehouse, Pink, Kate Perry, Taylor swift, Rosa de Saron, e até instrumentais como Mosart, e Bethoven a Daft Punk...
E claro tem o Arashi,que divide espaço, entre os orientais, com Flumpool, DBSK, Lee Seung Gi, e etc!
Da nossa música gosto mais de ouvir samba, numa roda de samba, sem mulheres de mini-fantasias please ¬¬, deixa isso pro carnaval... Gosto de Capital, Legião, Roupa Nova, Pato Fu, etc e dos sertanejos das antigas (meu pai é mineiro)!
Bom chega né to achando que vou escrever um post aqui, devia escrever um no meu blog que tá às moscas hahaha!