Durante toda a quinta-feira,
nem a Débora viu o noivo nem Caroline viu seu... seu... o que Jun era mesmo
dela? Ichiban, né? Ela não sabia mais, mas de uma coisa estava certa: ele
deixara de ser somente um ídolo pop japonês e amigo de correspondência para se
tornar seu... ela ainda não sabia a palavra certa, mas agora ele era muito mais
que isso.
Caroline ouvira
toda a história de Débora sobre a proibição do tio Johnny de que ela e
Nino se casassem no Brasil. Claro, depois de explicar direitinho o que
acontecera entre ela e Jun e Débora finalmente se conformar que não rolara nada
além de alguns beijos.
Depois de ambas as
histórias devidamente contadas, Débora ligou para a companhia aérea. Não foi
possível tranferir o vôo para o nome de Carol e ainda mudar seu itinerário de
Tóquio/Frankfurt/Guarulhos para Guarulhos/Frankfurt/Tóquio. Então, o que ela
pôde fazer foi simplesmente passar a passagem de seu nome para o nome de
Caroline, depois de muita insistência e alguma chantagem do tipo “Eu nunca mais
compro passagens com vocês se não me ajudarem dessa vez”, já que esse não era
um procedimento usual na empresa. Deixou a data da viagem em aberto, pois
sequer tinham marcado ainda a data do casamento.
Ouvindo o que a amiga
contava da noite anterior, Carol sentiu alguma ansiedade, pois ela sabia que
não tinha condições financeiras de fazer outra viagem para Tóquio em tão pouco
tempo. Então, quando Dé garantiu com a companhia aérea que uma das passagens
Carol já tinha e não precisaria se preocupar com ela, sentiu-se mais tranquila.
Fora esse tipo de
preocupação, Carol sentiu-se feliz pela amiga. Mesmo sabendo que não a veria
mais todos os dias, não conseguia se sentir mal por isso, pois sua própria
felicidade pela paixão recém-descoberta, e aceita, transformava tudo em
beleza. E quando Débora disse: “Daqui a alguns meses você virá novamente ao
Japão e será minha madrinha”, ela não pôde conter a emoção e deu um abraço
impetuoso na amiga.
- Hontou? Ahhh, to tão feliz!
- Mesmo?
- Claro! – Carol ainda
abraçava a amiga. – Arigatou, Dé!
As duas almoçaram sozinhas,
no restaurante perto do hotel onde Caroline fora comer na segunda e acabou
encontrando o Sakurai Sho. À tarde, elas fizeram novamente um pequeno tour
pela metrópole e foram até o pé da Torre de Tóquio, explorando as lojinhas da
proximidade e visitando a FootTown, mas não chegaram a subir, não dessa
vez, pois ambas pensaram em fazer da subida um passeio mais romântico com Nino
e Jun antes de Carol ir embora no fim da tarde de sábado.
Pensar nisso, na
iminência da separação, fez o coração de Caroline doer e ela sentiu alguma
tristeza, mas logo Débora percebeu e bagunçou seu cabelo, falando
descontraídamente:
- Carol, você quem sempre
me disse que o amor pode tudo, né? Então, abra novamente o sorriso e lembre-se:
o Matsujun não vai te deixar, mesmo com alguns quilômetros e um oceano
separando vocês. Não acredita nele?
- Eu sempre acreditei.
- Etto ne, abra já um sorriso! Tenho certeza que ele te prefere
assim.
Quando estavam voltando
para o hotel, novamente carregadas com algumas sacolas de compras, o celular de
Caroline tocou.
- Hai?
- Ano... Karoru-chan? Matsumoto Jun desu.
O coração dela dera
pequenos pulinhos ao ler o nome dele no visor do aparelho antes de atender, mas
quando ouviu a voz dele, sentiu que ele ia saltar pela boca de tão
descompassado. Seu sorriso foi instantâneo, de orelha a orelha, e Débora nem
precisou perguntar quem era pra saber.
Carol respirou
fundo, conteve a empolgação e respondeu:
- Hai, Caroline desu.
- Estive muito
ocupado hoje o dia todo, mas posso passar no hotel mais à noite?
- Claro! Estarei te
esperando – a expectativa de vê-lo fez a empolgação contida transparecer na
voz.
Jun notou e riu.
Ele também se sentia eufórico. Não ficara assim em nenhum de seus namoros e
ficadas, nem por Yui sentia essa excitação só de ouvir sua voz pelo telefone.
Ao mesmo tempo, percebeu na voz dela a mesma timidez contida que ele próprio
carregava.
- Uhm, está
combinado então! Mata ne.
- Jya.
Ambos desligaram ao
mesmo tempo. Débora sorria indiscretamente, enquanto os olhinhos de Caroline
brilhavam ao guardar o celular na bolsa.
- Seu namorado,
Caroline?
- Para, Dé! – Carol
deu um leve empurrãozinho na amiga – Ele não é meu namorado.
- Ta – fazendo
sinal de aspas no ar com as mãos – “Estarei te esperando”. Por acaso, o
Matsujun vai nos visitar hoje? Você devia ter dito “estaremos te
esperando” – fazendo novamente sinal de aspas.
- Bobinha, hahaha!
– Carol deu outro empurrãozinho em Débora, que também riu.
***
O homem passou os braços
ao redor dos ombros de Yui, abraçando-a por trás, e perguntou, sussurrando em
seu ouvido:
- Menina, é amanhã que
vamos voltar a Tóquio?
- Você também vai?
- Hai, hai. Não vou te deixar sozinha para enfrentar a fera.
Ela se virou para ele e
correspondeu ao abraço, encostando o rosto em seu peito. Ryu era mais alto que
Jun, tinha quase 1,90m, portanto bem mais alto que ela, que tinha 1,73m e era
considerada uma mulher alta. Aconchegar-se no peito dele, várias vezes
chorando, por todos esses dias que estivera em Chiba, fora o que mais fizera.
Todas as vezes ele a consolou, sempre com palavras sábias para confortá-la e
enconrojá-la. Era assim desde que ela era criança, mas quando começou a estudar
e não ia mais para lá com seus pais, eles pararam de se ver.
- Ah, Ryuchi! O Matsumoto
não é uma fera, hahaha – ela riu.
- Mas pelo que ele te
fez, eu não posso perdoá-lo.
- Calma, Ryu! – se
afastando e olhando para cima, encarando-o com um sorriso nos lábios.
- Desde que você chegou,
só chora por causa dele. Ele te trocou, não foi?
- Eu também já não sei
mais o que sinto. Não quero mais ser namorada dele. Demo... por que você vai para Tóquio?
- Para te proteger,
óbvio!
- Ryu, eu sei me cuidar.
Além do mais, ele não vai me bater, né? Hahaha. – Soltou-se do abraço e começou
a andar pela areia, deixando que as ondas lhe molhassem os pés. Puxou o amigo
pela mão e ele a seguiu.
Já era fim do dia e o sol
já se punha. As tardes de Uemura Yui eram sempre preenchidas com a presença de
Rirasawa Ryuchi, seu amigo de infância e filho dos donos da pensão onde estava
hospedada. Ele era solteiro, mas não morava mais com os pais desde que
completara 21 anos de idade. Ela sabia por que ele não se casara: seu coração
já era ocupado.
Yui sabia do amor dele
por ela desde a adolescência, mas ele nunca se opusera quando ela arranjava um
novo namorado, sempre foi seu melhor amigo e confidente e sempre a apoiara, até
mesmo quando ficou sabendo que ela namorava o famoso cantor Matsumoto Jun.
Os dois haviam perdido o
contato, apesar de às vezes ainda se falarem por telefone ou via internet, quando
Yui deixou de acompanhar os pais nas longas férias de verão que passavam no
litoral. Ela, mesmo tendo-o em alta conta e considerando demais, não conseguiu
continuar tão ligada a ele quanto gostaria, primeiro com os trabalhos da
faculdade, os amigos e as festas ocupando todo o seu tempo livre e, depois
dela, seu trabalho na revista, que logo a consumia por completo, sendo uma
profissional em constante crescimento na carreira.
Quando começou a namorar
o Jun, nem ao menos ligou para contar a novidade ao Ryu, e ele ficou sabendo
pelos telejornais, mas não ficou bravo ou chateado por isso. Seu amor por ela
era sincero e abnegado desde que ela deixara claro, alguns anos atrás, que os
dois sempre seriam bons amigos, e nunca passaria disso.
Mas, mesmo não se vendo
há tempos, quando se encontraram na segunda-feira daquela semana foi como se
não tivessem ficado separados.
Ryu ouviu todas as
lamúrias de Yui sobre o namoro que ia de mal a pior desde que a gaijin
chegara para atrapalhar o que estava certo. Se não fosse aquelazinha,
Matsumoto e ela ainda poderiam ser felizes juntos! Ele a ouviu, aconselhou,
opinou e, por vezes, somente a abraçou e abafou seu choro.
Depois de alguns minutos
de silêncio andando na areia molhada, ele disse:
- Mesmo assim eu vou.
Para ele ver que você não está sozinha.
***
Matsumoto Jun chegou ao
hotel às 7h30 da noite e encontrou as duas no saguão, indo em direção ao
restaurante. Débora o cumprimentou com seu usual beijinho o rosto, que ele
retribuiu, e beijou a face de Caroline também, sussurrando em seu ouvido para
ninguém ouvir: “Senti saudades”.
Pensou em chamar Carol
para jantar, mas já que Nino ficara preso ainda no estúdio, gravando um novo
comercial da Nintendo, ele desistiu, pois sabia que Débora ficaria sozinha.
Então, resolveu pagar uma refeição e acompanha-las ao jantar no restaurante do
hotel.
Durante o jantar, Débora
contou aos dois, que sentaram lado a lado e ocasionalmente tocavam-se por
debaixo da mesa, como fora a conversa que tivera com os pais assim que ela e
Carol chegaram no hotel. Lá no Brasil era cedo, ela sabia, mas seus pais
acordavam às 6h para se arrumar para o trabalho, então não havia problema.
- Mas você não vai
atrapalhar ligando a essa hora? – Carol perguntou, enquanto Débora discava. –
Eles vão acabar se atrasando.
- Não. Na verdade, os
dois entram no trabalho só 8h30, mas acordam cedo assim pra dar tempo de fazer
o café-da-manhã e ver o jornal matinal na TV.
- Ah!
Jun pensou que tivera
razão quando se opusera àquela loucura de casamento no Brasil, mas não comentou
nada.
Débora relatou a Jun e
Caroline o que conversara com a mãe por mais de meia hora enquanto o pai via as
notícias. A mãe dela garantiu que falaria direitinho com ele e, se fosse o caso
dele querer falar com Débora, ligava à noite.
- Minha mãe não concordou
muito no início, mas quando eu expliquei direitinho a situação, ela parece que
entendeu – Dé pousou os talheres ao lado do prato e bebeu um gole do suco de
uva.
- Você fez chantagem com
a dona Lúcia, coitada! – Caroline encarou a amiga com um olhar sério – Isso não
se faz Dé!
- Não foi chantagem
nenhuma. Eu só disse a verdade: que vou me casar de qualquer jeito, mas quero
muito que eles estejam aqui.
- Você disse isso para
sua mãe? – Jun estranhou.
- Hai. Mas quando ela me respondeu com a voz meio trêmula que eu sou
a única filha deles e é claro que eles moverão céus e terra para me ver casar,
eu me senti culpada.
- “Mãe, me desculpe, você
sabe que eu amo você e o pai né? Quero muito que vocês venham ao meu
casamento”. – Caroline repetiu as palavras da outra.
- Isso mesmo. Ela
entendeu quando eu expliquei que... errr... o Kitagawa-san não quer um
casamento no exterior. Ela meio que se tornou fã de vocês também esse tempo
todo, Jun. Sempre acompanhou todas as notícias comigo e com a Carol. Sabe que o
Johnny Kitagawa não é muito... liberal. – Débora olhou para Jun e deu um
sorrisinho.
- Etto ne…
- Meus pais, especialmente
a okaa-san, gostaram de saber que vou me casar com o Nino. Quando estava
terminando a conversa, ela estava até empolgada com o fato de que vai conhecer
o Japão! Por falar nisso... pelo que o Kazu-chan me disse, é o tio
Johnny... – olhou para Jun novamente - Com todo o respeito, Matsujun – e ele
fez um gesto de pouco caso com a mão e sussurrou “Iie” - ... quem vai pagar as
passagens para meus pais virem.
- Mas só vêm os dois? E O
Fábio, a Má...?
- Eu cheguei a comentar
sobre isso com o Kazu ontem, mas seria meio abusivo de minha parte se eu
pedisse passagens para todo mundo, né Carol?
- Concordo, mas você vai
chamá-los, né?
- Claro! Embora o Kazu
tenha ficado com um pouquinho de ciúmes do Fábio.
- Quem é Fábio? – Jun
quis saber.
- Um amigo nosso. Ele
estudou com a Dé na faculdade e ainda é apaixonado por ela até hoje.
- Mas eu já cansei de
dizer pra ele que somos só amigos e nunca vai passar disso.
Os três terminaram de
comer e subiram para o sexto andar pouco antes das 9h. Chegando em frente ao
quarto 397, Jun fez menção de ir embora, mas impulsivamente Caroline puxou sua
mão e pediu:
- Fique, onegai. Eu vou embora depois de amanhã.
Percebendo o que fizera,
ficou vermelha de vergonha e baixou os olhos. Jun sorriu e comentou:
- A Débora-san não sabe
de nós, Karoru-chan? Então, não tem porque esconder – levantando
carinhosamente sua face e beijando-lhe os lábios. – Você não pode ir domingo?
Liga no aeroporto.
- Eu tenho prova na
faculdade.
- Ah! – Jun ficou meio
triste, mas forçou um sorriso. Débora, percebendo a tristeza dele, falou,
animada:
- Ui! É claro que sei! Eu
sempre sei de tudo, né Carol? – ela riu e deu um tapinha no ombro da
amiga, que escondera o rosto no peito de Jun, cheia de timidez – Anda, para com
isso! Hahahaha!
Caroline então olhou para
a amiga e sorriu. Deixando a timidez de lado, beijou Jun mais uma vez. Desde
que ele chegara no hotel, ela quis beijá-lo, mas não queria parecer ousada
demais, nem atravessar qualquer barreira invisível que pudesse irritá-lo, mas
Jun também queria muito beijá-la e, quando ela se apoximou, ele a abraçou com
firmeza e a ergueu alguns centímetros do chão. Depois, quando a soltou, Carol
se desvencilhou dele e pegou o cartão na bolsa para abrir a porta.
A primeira coisa que ela
fez ao entrar no quarto foi pegar a sacola de papel onde estavam as peças de
roupa de Yui, que Carol pediu para serem lavadas e secas e estavam devidamente
dobradas, para Jun.
Os três ficaram
conversando sobre assuntos não muito sérios, mas o sono foi logo chegando e
tomando conta deles, que não haviam dormido muito naquela noite. Então, Jun
disse que ia embora. Levantou-se, beijou Carol novamente, sussurrou que a amava
e, com a sacola na mão com as roupas, depois de dar um beijo na bochecha de
Débora, saiu. As duas ficaram espiando até que ele entrasse no elevador.
***
Fazia mais de uma hora
que Jun fora embora e Carol já dormia profundamente. Débora e ela ficaram
assistindo a um filme que parecia interessante, mas o sono foi mais forte.
Como Kazunari mandara um
sms no meio da tarde dizendo que ligaria, Débora manteve-se acordada esperando
e, perto das 11h da noite, seu celular tocou. Ela atendeu e se deitou na cama,
encarando o teto.
- Moshi-moshi.
- Amor, ore wa desu. Gomen ne, por ligar só agora, mas é que
acabei de chegar em casa.
- Daijoubu. Senti sua falta hoje.
- E eu a sua. Falou
com seus pais?
- Falei com minha mãe.
Meu pai, eu acho que vai ligar amanhã de manhã.
- O que ela disse?
- Demorou um pouquinho
para ela entender, mas no fim, até ficou empolgada com a viagem!
- Isso é bom!
- É né! Ano... – Débora ficou em dúvida se
tocaria nesse assunto, mas achou melhor falar, depois de aguns segundos de
silêncio. – E seu pai? Kazu, acho melhor você conversar com ele.
Ela o ouviu suspirando
fundo do outro lado da linha.
- Não quero, Deb.
- Onegaishimasu! Faz um esforcinho. Não sei o que aconteceu com
vocês, mas é nosso casamento Kazu!
- E daí? Não me
importa!
- A mim importa.
- Deb, por que você
falou nisso agora?
- Porque estive pensando
nisso desde ontem à noite. Faz isso? Por mim.
- Ok. Você venceu. O
que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo? – e sussurrou para
si mesmo “Essa não foi boa, Nino! Ela pediu para se casar no Brasil e você não
pôde fazer, lembra?”.
- Nani?
- Eu disse que acabei
de falar uma mentira, porque você me pediu para casarmos no Brasil, mas eu não
pude fazer isso.
- Esquece isso, Kazu! Arigatou por aceitar falar com seu pai!
- Mas ele é turrão, desde
que me entendo por gente. Não vai ser fácil e provavelmente ele não vá mudar de
idéia.
- Fala pra ele que não
vamos casar no Brasil.
- Mesmo assim...
- Se ele não mudar, pelo
menos você tentou.
- É. Uhm, tá bom,
farei isso ainda nesse fim de semana, acho.
- Que bom!
- Deb…
- Oi, Kazu.
- Aishiteiru yo.
Débora sorriu e balançou
a cabeça afirmativamente, sem se dar conta de que ninguém podia vê-la.
- Atashi mo. Aishiteiru yo.
Oyasumi, Kazu. Mata ashita!
- Oyasumi. Mata.
***
Yui dirigia e Ryuchi
estava ao seu lado no banco do passageiro. Eram 10h e eles já viajavam há mais
de duas horas, logo estariam em Tóquio. Ela planejava passar em seu apartamento
para deixar Ryu e somente depois que saísse da revista, no fim do dia, ligaria
para Matsumoto avisando que estava de volta e o chamaria até a casa dela para
conversarem, quando ele estivesse livre. Pelo que ela se lembrava, as duas
turistas iriam embora no dia seguinte, e esperava que tudo estivesse resolvido
até lá.
Estavam escutando rádio
no carro. Quando Arashi começou a tocar, ela esticou a mão e desligou o
aparelho.
- Não quero
escutá-lo agora.
- Eu entendo,
Yui-chan. Nunca gostei muito deles também – Ryu sorriu para ela.
Quando chegaram ao
prédio, às 10h30, entraram pelo portão de pedestres, já que Yui deixou o
veículo estacionado do lado de fora, pois ela queria sair logo. Combinara com o
chefe que estaria no jornal até 11h30, mas se chegasse antes, poderia já ir
adiantando o serviço acumulado nesses dias que estivera fora.
O que nem ela nem Ryu
imaginavam é que encontrariam Matsumoto Jun fechando a porta de seu apartamento
no momento em que eles chegaram.
Por um breve instante,
Jun e Yui se olharam surpresos. Nenhum deles esperava encontrar o outro assim,
sem qualquer aviso. Depois, lentamente, os olhos de Jun se voltaram para o cara
alto ao lado de sua... sua... namorada. Os dois estavam próximos e ele viu que
o grandão pegou a mão de Yui.
- Quem é... você? – Jun
perguntou, olhando diretamente nos olhos de Ryuchi.
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