Jun caiu pesadamente em
sua cama. Ele dissera que precisava ir pra casa, pois estava muito cansado, o
que não era mentira, para poder recusar a sugestão de Débora de tomar café no
hotel. “E, além disso, já comi antes de vir pra cá”, acrescentou. Mas a verdade
completa é que ele precisava ficar sozinho por um tempo para tentar pôr as
ideias no lugar.
Temeu encontrar Yui
esperando por ele em seu apartamento, mas ela não estava lá quando ele entrou.
Ainda bem, pois não estava com cabeça para conversar com ela. Sentia como se
tivesse sido enganado, traído.
Contudo, não conseguia
entender por que se sentia assim. Deitado na cama, ele fechou os olhos enquanto
pensava. Levou a mão à cabeça para tapar a claridade e, sem aviso prévio, pegou
no sono antes de conseguir chegar a qualquer conclusão, de tão exausto. Dormiu
do jeito que estava, com a mesma roupa que chegara, sem nem se dar o trabalho
de tirar o boné ao deitar.
***
Ohno se revirou na cama.
Sentiu que algo o incomodava, uma claridade que batia diretamente em seus olhos
e, sem abri-los, escondeu o rosto sob o travesseiro. Ainda estava com sono e
sentia muita dor de cabeça, devido à bebedeira da noite, como se um trator
tivesse passado por cima de seu corpo moendo-o.
Levantou a ponta do
travesseiro e, com o canto do olho esquerdo, espiou o relógio digital sobre a
mesinha de cabeceira. Ainda 10h15, droga! Era muito cedo e ele queria dormir
mais, mas aquela luz idiota estava atrapalhando e mesmo com o travesseiro, ela
ainda o incomodava. Tornou a fechar os olhos e começou a contar mentalmente os
movimentos de sua respiração. Costumava fazer isso quando sentia insônia, e
normalmente estava dormindo antes mesmo de chegar ao número 20. Porém, naquela
manhã já estava alcançando o 100 e nada. Estressado, ele jogou o cobertor para
o lado e abriu os olhos.
De fato, um feixe de luz
vindo da janela atingia diretamente o local onde pousava a cabeça sobre a cama.
Vários outros raios de sol entravam pelas frestas do vitral. Xingando baixinho,
ele se levantou e foi até a janela fechar as persianas, que deixara abertas ao
chegar em casa de madrugada. Que droga, ele nunca se esquecia de fechar as
persianas! Voltou então para a cama e novamente se deitou e fechou os olhos,
virado de lado, noutra tentativa de pegar no sono.
Passou-se por volta de 20
minutos e ele ainda estava acordado. Espiou novamente o relógio. Já quase 11h
da manhã! Ele desistiu de tentar dormir e decidiu tomar uma ducha pra terminar
de despertar. Afinal, dali a duas horas seus amigos viriam almoçar e sua
geladeira estava vazia. Droga, de novo! Que ideia idiota de chamá-los
para almoçar na sua casa. Enquanto ligava o chuveiro, decidiu que por volta de
12h, iria até o restaurante coreano da esquina e compraria o almoço.
Enquanto se banhava, ele
refletiu sobre as revelações dos últimos dias. Nino noivo! Por essa ele não
esperava. Não achava mesmo que ele, que era o segundo mais novo do grupo, se
casaria antes de seu Riida. “É,
Oh-chan”, disse em voz alta para si mesmo, “você está ficando velho meu amigo,
precisa encontrar uma esposa logo! Desse jeito, não só o Kazu, mas todos vão te
deixar pra trás!”
Contudo, não foi só o
Nino que se apaixonou nessa última semana pelo jeito. Pelo que conversara com
Jun, ele também estava apaixonado. E não era por sua namorada, Uemura Yui, mas
pela outra brasileira, com quem ele trocava cartas há anos. Mas o que ele ia
fazer?
Nino jogara todas as
cartas na mesa ao pedir Débora-san em casamento, apostando que tudo daria
certo. Ele tomou a decisão de se casar sozinho, não consultou nem o próprio
Ohno, com quem sempre falava sobre tudo, e encarou o risco de ter a
desaprovação de Johnny Kitagawa e de todo o Arashi. Ohno, a princípio, ficou um
pouco chateado pelo amigo não ter conversado com ele antes, mas logo entendeu
que não havia motivos para isso e que, na verdade, tudo que ele queria era que
seus amigos fossem felizes como e com quem escolhessem.
Jun, por sua vez,
namorava Yui há mais de ano, e já tivera a aprovação dos pais dela, dele e
principalmente do BIG BOSS. O namoro já era conhecido pelas fãs do mundo todo e
um casamento futuro era esperado. Contudo, com quem ele trocava cartas
fielmente há tanto tempo era com uma fã burajirujin
que ele só conheceu de verdade no início daquela semana. Fã de quem, além dele,
de Sho, Aiba, Nino e Yui, e claro, Débora e mais algumas pessoas no Burajiru talvez, ninguém tinha
conhecimento. Muito menos o Johnny.
Mesmo assim, Ohno vira no
amigo uma paixão que nunca vira nele em todo o tempo que esteve com Yui.
Sentimento esse que nem o próprio Matsujun enxergava em si mesmo, mas que
existia, era evidente. E, provavelmente, Karoline-san
compartilhava desse mesmo sentimento. Suas cartas mostravam isso. Aquele
pingente de tanto tempo atrás mostrava isso. Somente Jun mesmo para achar que
eram somente amigos e que, se ela fosse para o Nihon um dia, ia ficar por isso mesmo. Sorriu ao pensar em quão
ingênuo era o mais novo no que dizia respeito aos assuntos do coração.
Ele fechou o chuveiro,
vestiu-se e foi até a cozinha. Já eram 11h30 e, se eles almoçariam dali a
pouco, se ele fizesse um desjejum completo perderia o apetite, então tomou
somente um copo de leite. Ainda segurando o copo e um bigode branco de leite,
que limpou com as costas da mão livre, foi até o telefone. Tinha que avisar
Matsujun do almoço.
***
Yui não voltara a dormir
depois que Matsumoto saíra daquele jeito. Para não ficar com a mente vazia, foi
se ocupar com uma matéria que precisava concluir para a edição daquela semana
da revista. Se não fizesse algo para ocupar o cérebro, logo ele fundiria.
Rapidamente, ligou o laptop e dentro
de alguns minutos suas mãos corriam sobre o teclado, digitando o texto, mas
mesmo assim sua mente vagava longe dali. Estava com os pensamentos em Matsumoto
e na burajirujin.
Não entendia a reação
dele. Ela somente falou a verdade, nada mais. Protegeu o que era seu. Não podia
permitir que aquela infeliz roubasse seu namorado.
Sim, era isso que ele
era. Seu namorado. Yui não parava para pensar no que ele significa para ela
além daquilo, já há alguns meses. Mas sabia com a mais absoluta certeza que ele
era seu, e fora dado pelos pais dele e, mais importante, pelo chefe dele. Ela
ainda trazia nítida dentro de si a conversa que ambos tiveram com Kitagawa um
mês depois que começaram a sair.
Pequeno flashback [4]
- Pode entrar,
Matsumoto-san. Você e a... uhm... moça que trouxe. – Johnny chamou quando seu
secretário abriu a porta de sua sala no prédio da JE.
- Shitsurei shimasu – Jun adiantou-se para
dentro da sala, puxando-a pela mão. – Arigatou por nos receber. – ele
fez um ligeiro cumprimento com a cabeça e ela o imitou. – Esta é Uemura Yui,
senhor.
- Hajimemashite – disse o senhor já idoso e
de cabelos brancos na frente deles, sem sorrir.
- Kochirakoso – ela respondeu, se curvando
– Yoroshiku onegaishimasu.
- Levante-se,
Uemura-san. Me diga, meu rapaz – se voltando para Jun – Por que a trouxe aqui?
- Ano... Kitagawa-san – Jun se perdeu nas
palavras e não soube o que dizer - err...
Fez-se silêncio por
alguns minutos e Matsumoto, sob o olhar imperioso de Johnny Kitagawa, que lhe
ordenava que prosseguisse, pigarreou e disse:
- Kitagawa-san, a
Uemura-san, que eu trouxe aqui hoje... eu gostaria de pedir a aprovação do
senhor... eu e ela... nós estamos... namorando.
- Como?
Yui estava em silêncio
e olhava para os pés, segurando firmemente a mão de Jun. Conhecia a fama do
chefão. Mas ela gostava muito de Matsumoto e não desistiria dele tão fácil.
- Senhor... estamos
juntos, senhor – Jun prosseguiu, demonstrando um pouco mais de confiança na voz
– E eu... nós – puxando Yui para si e a abraçando pela cintura – viemos aqui
pedir sua permissão e aprovação.
Johnny Kitagawa olhou
para eles por um ou dois minutos, muito sério, o que só fez aumentar a
ansiedade dos dois. Disse por fim:
- Muito bem –
esfregando as mãos; ele abriu um sorriso – Vocês dois... tiveram uma atitude
digna, vindo até mim. Uemura-san, eu aceito que você e Matsumoto-san namorem.
Contudo, tenho algumas condições para os dois – e apontou para eles com uma
caneta que estava sobre a mesa.
- Hai! – responderam em uníssono, e se
olharam sorrindo.
- Sem escândalos. Sem
fofocas. Discrição, onegai. Ou
eu terei que rever essa minha posição.
- Hai!
- Podem ir. E sejam
felizes.
***
O toque do telefone
despertou Jun. Ele sentia o corpo enrijecido, ainda estava na mesma posição de
quando pegara no sono, deitado no meio da cama, com as pernas pendendo para
fora. Conseguiu levantar somente no quarto toque e, quando chegou até o
aparelho, ele tinha parado de tocar. Então, ia se voltando em direção ao
banheiro para jogar uma água no rosto e conseguir despertar de uma vez, afinal
já eram mais de 11h30, quando o seu celular, que estava ao lado do telefone
sobre a mesinha, tocou estridentemente e ele atendeu no segundo toque.
- Moshi-moshi – falou com a voz arrastada, no meio de um bocejo.
- Ohayou gozaimasu, Matsujun! –
falou a voz de Ohno.
- Riida, é você?
- Hai, so desu. Você estava dormindo
até agora? Depois ainda me chama de dorminhoco, hahaha. – Ohno ria.
- Não Oh-chan. Eu já
tinha acordado. – ele se sentou no sofá, esfregando os olhos.
- So, so... – era
evidente que o líder não estava acreditando.
- Hontou, hontou! Eu já até
saí. Só que acabei pegando no sono de novo, quando voltei pra casa.
- Saiu? Foi pra onde?
Um encontro com Yui-chan em pleno domingo de manhã, Matsujun?
- Lógico que não! Baka! Eu e a Yui estamos brigados.
- Majide!?
- Hai. Bom, mas depois eu conto onde eu fui. Não é uma coisa pra se falar
ao telefone. Demo... por que você ligou Oh-chan?
- Liguei pra chamar
você para almoçar aqui em casa. Ontem a gente combinou no pub. Aliás, o
senhor precisa explicar direitinho porque não foi se divertir com a gente! Você
não sabe da última! O Kazu-chan vai se casar! – a voz do outro estava cheia
de empolgação.
- Ele vai casar com
Débora-san, eu sei disso. – Jun sorriu; ele gostava de saber mais que Ohno.
- Como você sabe
disso? – evidentemente, Ohno se sentiu lesado porque o outro já sabia da
novidade.
- Débora-san me contou.
- Isso mesmo, você foi
ao hotel ontem, o Nino comentou, né? O que foi fazer lá?
- Depois eu te conto, Riida. Que horas é pra chegar na sua
casa?
- A gente marcou à 1h.
- Ok. A gente se vê
então. Daí eu conto tudo direitinho pra você... pra vocês.
- Hai! Só nós cinco hoje, temos muito que
conversar.
- Claro! Jya ne.
- Jya.
***
- Então você vai ficar? –
Débora perguntou, olhando-a nos olhos enquanto Caroline fazia sua refeição
matinal, depois que ela falou sobre a conversa dos dois.
- Sim, eu ficarei. No
fim, você conseguiu mesmo o que queria né? – Carol olhou para amiga com ar
reprovador, mas dava um sorriso com o canto dos lábios, indicando que não
estava brava de verdade.
- Eu sabia! O Jun é mesmo
o máximo!
- Ei! Quem disse que
aceitei ficar por causa dele? – ela largou o copo com suco sobre a mesa e secou
a boca com um guardanapo.
- Ninguém precisa dizer,
Carol – Débora riu, seguindo a amiga enquanto ela se levantava e ia em direção
ao elevador – Está estampado na sua cara! Tá escrito na sua testa o que e quem
te fez mudar de ideia. Mas me conta – ela agarrou os ombros da outra por trás e
cochichou em seu ouvido, rindo – Vocês estavam bem próximos quando eu cheguei.
Rolou alguma coisa?
- Débora! – Carol parou
repentinamente, virou-se para a amiga e deu um empurrão de leve – É claro... –
revirou os olhos - QUE NÃO!
- Então pode rolar? –
Débora não se afetou pela reação de Caroline e continuou agarrada em seus
ombros e cochichando, enquanto entravam no elevador – Foi por isso que você
ficou?
- Para com isso, Dé, está
bem? – Carol a segurou pelos cotovelos, falando calmamente, mas com firmeza –
Não foi por isso que eu fiquei. Não quero que role nada. É impossível, você
sabe muito bem disso! Quando eu for embora no fim da semana, provavelmente
nunca mais nos veremos. E, além disso, ele tem a Yui, que é muito melhor, muito
mais linda e mais ideal para ele do que eu! – ela se virou para o outro lado,
ficando de costas pra outra, esperando que o elevador chegasse logo.
Depois de alguns segundos
de silêncio, Débora tocou-lhe o braço.
- Ano... Caroline-san...
- Sim? Que história é
essa de san? – se virando para encará-la, com um meio riso nos lábios.
- Nada não. Carol... ela
não é de forma alguma melhor que você.
O elevador chegou ao
andar delas e a porta se abriu, as duas saíram e foram em direção ao quarto.
Débora continuou:
- Não é mesmo melhor que
você, e o Matsujun percebeu isso, eu tenho certeza!
- Para com isso, Dé, por
favor. Ele não percebeu nada – Carol procurava o cartão que jogara na bolsa ao
descerem, para poder abrir a porta do quarto.
- Percebeu sim, e mais
cedo ou mais tarde ele vai mostrar isso. E quem disse que você não irá mais
vê-lo? Tem o casamento meu e do Kazunari, esqueceu?
- No Brasil? Acha mesmo
que ele vai? – Carol balançou a cabeça, com descrédito, e entrou pela porta que
já tinha aberto. – Duvido.
- Pois eu digo que vai.
Não só ele como os outros também.
- Ah, tá bom! – Carol foi
irônica, ao sentar na cama. – Do outro lado do mundo?
Débora sentou-se ao lado
dela e lhe bagunçou os cabelos.
- Sim, mocinha, quer
apostar? Se você ganhar, eu esqueço isso, de você estar apaixonada pelo Jun e
tal. Se eu ganhar, você vai ter que reconhecer!
- Reconhecer o quê?
- Que está apaixonada,
bobinha! – ela riu – Agora, vamos abrir sua mala outra vez.
***
Ohno já fora até o
restaurante comprar o almoço e estava esperando a quinze minutos e ninguém
chegava. Colocara a comida em panelas e aqueceu, para nada estar frio quando
chegassem e também, para dar uma disfarçada no fato de que não fora ele quem
fizera.
Sho foi o primeiro a
chegar. Ele chegou a pé, assobiando uma música qualquer que Ohno não
reconheceu, com fones de ouvido. Ao se aproximar, tirou os fones e os deixou
pendendo em volta do pescoço.
- Yo! – acenando com a mão, enquanto entrava pelo portão que Ohno
deixou aberto.
Este esperava sentado em
uma cadeira na varanda. Ficou de pé quando o amigo se aproximou.
- Konnichiwa,
Sho-chan!
- Konnichiwa,
Riida! Alguém mais chegou além
de mim?
- Não. Ainda não.
- Entendo. O Matsujun
também vem?
- Eu falei com ele de
manhã e ele disse que vem.
Nesse momento, Aiba
estacionou seu carro bem na frente da casa. Ele e Nino desceram
simultaneamente. Eles riam e conversavam sobre algo.
- Oh-chan, konnichiwa – disse Nino, que se ajuntou
primeiro aos outros dois. – Eu e o Aiba-chan estávamos falando. Vocês todos vão
ao meu casamento, né?
- Claro, Kazu! – Ohno deu
um tapinha de leve no ombro do amigo.
- Viu? – ele olhou por
cima do ombro para Masaki, que estava logo atrás, e mostrou a língua,
brincando.
- Esperem saber onde vai
ser, hahahaha! – Aiba ria do mais novo – Olá, minna!
- Oi! – responderam Ohno
e Sho em uníssono. – Mas diz pra gente, Aiba-chan, por que você acha que não
vamos ao casamento?
- Não acho que não vamos,
só acho que é uma decisão pra ser tomada com calma.
- Com calma? Nino, o que
há? – os dois olharam para ele, com cara de dúvida. Aiba ainda ria baixinho.
- O meu casamento será no
Burajiru.
- Êeeee??!! – o líder e
Sho arregalaram os olhos e só depois que falaram perceberam que uma terceira
voz se unira a eles.
- Ah, é você, Matsujun? –
Ohno olhou para onde o quinto membro do grupo estava, ao lado do portão. – Não
vi que você já tinha chegado.
- Nem eu – falaram os
outros, virando-se ao mesmo tempo.
- Acabei de chegar e
peguei o final da conversa. Oi para todos – ele tocou de leve o braço de cada
um ao passar por eles – Nino, você vai se casar no Burajiru? Que história é essa?
- Isso mesmo. Eu e a Deb
combinamos assim. Ela ficará aqui comigo até os shows acabarem e daí, no começo
do ano que vem, iremos para lá e casaremos.
- Você não contou isso
ontem, Nino – Sho coçou a cabeça, demonstrando dúvida e alguma confusão no tom
de voz.
- Nem a Débora-san me
contou. – murmurou Jun para si mesmo.
- Como? Débora-san te
contou alguma coisa, Jun-kun? – Aiba se aproximou do amigo e lhe bagunçou os
cabelos.
- Bom, minna – Ohno começou a falar, apontando
para dentro de casa – Vamos entrar, né? A gente conversa melhor lá dentro, e
podemos almoçar.
- Eba! To com fome,
sabiam? – Nino passou a mão pela barriga.
- Hai! – responderam todos, rindo.
- Isso mesmo! –
prosseguiu Ohno, entrando na casa e sendo seguido pelos outros – Daí o Kazunari
conta direitinho essa história de Burajiru,
e o Jun também tem muito pra contar, né? – ele sorriu e piscou o olho para o
mais novo.
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